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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Republicações de Aniversário

Queridos Leitores,

Vktor. Desenho em caneta hidrográfica, s/ título, 23x16cm, 2011.
é com muita alegria que comemoro neste mês de julho 1 aninho da criação do "Pouco açúcar e muito sal", com quase 15 mil acessos e, o mais importante, com reflexões prá lá de interessantes povoando os comentários dos que não se cansam dos textos longos e prolixos que insistem em marcar o estilo deste Blog.

Mesmo ainda criança, sinto que o "Pouco açúcar" cresceu e amadureceu neste período, trazendo temáticas e discussões pertinentes ao seu propósito de debater questões contemporâneas, com os posicionamentos sempre salgados e, não raro, polêmicos, de sua mamãe-escritora.

Ao mesmo tempo, quis que o Blog enveredasse por uma seara que gosto muito, dos causos e histórias, e já alguns foram contados aqui nas páginas Mil e uma histórias e naquela dedicada às histórias da Fazenda Pedra Negra.

Em um determinado momento achei que pudesse dar conta da dinâmica necessária de publicação em um espaço como esse e criei a página de Curtos, com o objetivo de publicar mais assídua e sucintamente no Blog. Não desisti da proposta, mas tenho me conformado com o fato de que a dinâmica da minha vida às vezes acaba se sobrepondo a minha necessidade de escrita no "Pouco açúcar".

Ainda que com esses adendos, o Blog se tornou querido de vários amigos próximos e foi essa uma das razões pelas quais meu grande amigo e artista Vktor decidiu me presentear, disponibilizando os desenhos dele para comporem o "Pouco açúcar". É dele o desenho que compõe este post e o que embeleza atualmente o plano de fundo do Blog.

Mas para além desse cuidado com a belezura, considero que o "Pouco açúcar" tem cumprido sua função de um projeto - como eu disse na apresentação do nome do Blog - que fosse 'a minha cara', que "pretende discutir tudo da forma como eu mais aprecio o debate, sob uma ótica nada doce e bastante salgada".

Assim, aproveitarei esse aniversário para republicar com essa marca de página inicial textos, histórias, frases, comentários, debates etc., que mereçam ser lembrados de forma comemorativa, principalmente aqueles com "Pouco açúcar e muito sal".

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sem email e sem blog: depois do susto, algumas reflexões

Imagem: www.forum.imasters.com.br
Para os queridos leitores, talvez desavisados do susto que levei esses dias: tive minha conta Gmail desativada pelo Google e, com isso, perdi o acesso a todos os produtos Google tais como orkut, youtube etc. e meu Blog também foi removido, ficando fora do ar durante esse período.

Nos Foruns do Google, de que faço parte há alguns meses, acompanhei o desespero de vários usuários que, como eu, de repente, perderam acesso a seus emails e blogs.

Não sei se posso afirmar que esses chamados bugs têm sido mais freqüentes do que o aceitável, mas o fato é que há coisa de 2 semanas mais de 200 blogs foram removidos devido a um "bug do sistema automatizado de revisão" assim como no mês de dezembro do ano passado. Também no final de fevereiro outro bug atingiu milhares de usuários que tiveram suas contas desativadas e essa semana novamente.

No Fórum Blogger falei um pouco sobre a necessidade de nos prevenirmos contra esse tipo de situação, já que:

  1. nenhum sistema ou máquina é perfeito e está 100% isento de panes e problemas;
  2. enquanto o problema está sendo resolvido, você não fica a mercê;
  3. ainda que você se sinta lesado e processe judicialmente etc., nada disso vai fazer você recuperar os dados perdidos.

Até lembrei de um exemplo a partir de uma atitude minha, meio demodé para os padrões modernos da atualidade, mas que considero necessária enquanto prevenção: já há alguns anos passei a adotar uma saudosa caderneta com telefones, depois que vi muitos amigos meus perderem todos os seus contatos porque o celular morreu ou foi roubado.

Ou seja, fatalidades acontecem e, no caso dos bugs por exemplo, independente da responsabilidade do Google, o melhor é sermos mais prevenidos para não sermos 'pegos de calças curtas' nem ficarmos sofrendo além do necessário.

Mas mais do que informar sobre esses imprevistos e seus percalços, quero dividir com vocês algumas reflexões que fiz sobre essa perda momentânea de minha identidade virtual, como é chamada a identidade no ciberespaço.

Inicialmente, essa reflexão integrava este post mas, atendendo a pedidos, dividi o texto em duas partes. Assim, na segunda parte, trato especificamente do tema identidade [virtual].

segunda-feira, 7 de março de 2011

Interstício

Imagem: mary-paes.blogspot.com  Foto: Maksuel Martins
Tenho tido a felicidade de descobrir que alguns leitores visitam freqüentemente o blog e pelo menos em três ocasiões deram uma reclamadinha com frases do tipo “não agüento mais abrir o blog e ver aquela imagem do cara fazendo xixi” ou “ver aquele texto do xixi na rua, xixi em pé” etc.

De fato, fevereiro foi um mês atrapalhado pra mim, que sou  uma pessoa não muito organizada, e ainda tem os acréscimos do início do ano, com adaptações de rotina dos filhos, escola, trabalho, tudo isso.

Bom, quem me conhece sabe um pouco da complexidade em que me enfio ao tentar explicar caminhos, opções, defender hipóteses, qualquer coisa na verdade.

Assim, percebi que estava difícil retomar minha escrita no blog porque foram juntando muitas propostas, idéias (eu sei, eu sei, pela nova regra ortográfica não é assim que se escreve idéia, mas sou rebelde a essa nova regra, recuso-me a aceitá-la se não for por obrigação) e, de repente, eu já não sabia mais por onde (re)começar.

Para amansar minha indecisão, decidi quebrar um pouco o jejum desse interstício de escrita para, quem sabe assim, conseguir retomar minha epopéia de reflexão nesse espaço.

Há algumas pendências latentes desde o início do ano, como histórias advindas da minha curtíssima estada em Buenos Aires ou as histórias da Fazenda Pedra Negra, que já renderam alguns causos publicados nesse espaço, mas ainda há muito em mim para falar sobre isso.

Dessa forma, mesmo que um pouco sem aquele calor do momento vivido nos ares portenhos ou da magia inicial de conhecer a Fazenda no comecinho do ano, aproveitando que estou novamente na Pedra Negra, preenchendo o espírito com a energia e os ares mineiros, vou “matar dois coelhos de uma cajadada” aqui no Pouco Açúcar, matando minha saudade de escrever no blog e, ao mesmo tempo, retomando temáticas que me tornam menos ácida e mais degustável ao paladar sensível dos meus queridos e exigentes leitores.

Até muito breve!!!  ;)

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Oroborus, Fênix, Recomeços e Feliz 2011

Oroborus. Imagem extraída de lunarosa.multiply.com
Bom, quem me conhece sabe que não sou muito dada a romantismos e pieguices, mas acho que nem minha acidez costumeira sai ilesa da influência desse clima de final de ano, bastante propício ao sentimento de reflexão e da sensação da possibilidade de recomeço.

Estava ainda querendo escrever algo para finalizar o conjunto de textos deste ano no blog pois, também quem me conhece, sabe o quanto de carinho tenho por este espaço de expressão e de partilha do que penso.

Conversando com um amigo mui querido sobre isso, ele, que é conhecedor de música e de cultura como poucos, me falou que achava bom o fato de o ano terminar sem ter cumprido todas as metas propostas no início, porque um ano novo que começa oferece essa possibilidade; aí ele falou sobre a oroborus, serpente que engole a própria cauda e é símbolo do ciclo de eterna renovação da vida. Na mesma hora pensei na fênix, pássaro mítico conhecido por seu renascimento das cinzas.

Assim, fiquei pensando no quanto nos é vital essa renovação, de iniciarmos novos ciclos finalizando e fechando outros. O Universo demonstra isso sabiamente todos os dias e noites. Ao mesmo tempo, é interessante observar como há um imaginário coletivo e talvez até arquetípico em que mitologia, religião, espiritualidade e culturas múltiplas se intermisturam e se alimentam de uma maneira fascinante.

Vejam que a oroborus pode ser encontrada em culturas diversas e distantes no tempo e espaço, mas sempre conservando um significado singular de representação do infinito, da imortalidade, da eternidade e do renascimento. Da mesma forma, o renascer é simbolizado pela fênix que, por conta desse conceito de negação da morte, teria sido adotada no início da tradição cristã como representação da ressurreição e da imortalidade. Encontrei, inclusive, várias referências que indicam similaridades entre o mito da fênix e a história do nascimento, morte e ressurreição do Cristo.

Com isso, quero voltar à idéia do quanto nos é vital o ciclo de renovação, a possibilidade de recomeçar, e o quanto isso nos constitui enquanto seres desejosos de podermos reconstruir, refazer, fazer diferente, recompor, enfim, o quanto nos é necessário sonhar, acreditar.

Fênix chinesa. Imagem extraída de sites.google.com
Vejo sem entusiasmo parte dos votos mais comuns entoados nessa época, devidamente inspirados no já tradicional "muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender", bastante apropriado ao senso prioritariamente materialista da nossa sociedade, mas sem brilho, na minha opinião, quando penso no sentido mais amplo e profundo das possibilidades do que pode renascer em um ano novo, do que pode ser transformado nesse ciclo vital de recomeço.

Assim, desejo saúde a todos nós, não para dar e vender, mas para que se possa viver bem, porque como dizem os antigos, o importante é ter saúde, porque "no resto a gente dá um jeito".

Aos que vivem no mundo adulto, desejo que possamos nos preocupar mais em como usufruir do nosso tempo ocioso do que com a falta de tempo para fazer coisas que gostaríamos.

A quem tem amigos, desejo que sejam felizes como eu sou, porque tenho amigos que amo e que retribuem meu amor. Desejo, assim, que possamos ter muitos e muitos momentos partilhados com amigos queridos, porque existem poucas coisas tão prazerosas quanto viver perto de amigos verdadeiros.

Por fim, desejo aos pais e mães como eu que possamos ter mais e mais momentos com nossos filhotes, muito mais do que eles têm para ficar no computador e/ou na televisão. Desejo, além disso, que saibamos cada vez mais equilibrar muito amor com os limites necessários para que eles cresçam sentindo-se seguros e independentes. Desejo, sobretudo, que tenhamos sabedoria para saber que, mais importante do que roupas e sapatos da moda, brinquedos e tralhas eletrônicas de última geração e afins, o que realmente faz uma criança feliz é carinho e atenção e ser feliz ainda é o que realmente importa na vida. 

Feliz 2011!
Jany



Sites consultados:

http://recantodasletras.uol.com.br
http://somostodosum.ig.com.br
http://www.coacyaba.com.br
http://lunarosa.multiply.com

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Aviso aos navegantes

Como diria um historiador nato, contextualizar é preciso.

Qualquer coisa que você perguntar a um sujeito com essa formação correndo nas veias, dificilmente terá como resposta algo objetivo, sem contextualização prévia. Eu diria que é quase impossível para alguém assim explicar algo sem situar muito bem os fatos, afinal, dessa forma, seu interlocutor compreenderá melhor o assunto tratado.

Você pergunta como é possível que no Congresso brasileiro haja tanta corrupção, esperando uma discussão que gire em torno da falta de participação política da maior parte dos brasileiros, de questões envolvendo a educação básica ou ainda alguma responsabilidade envolvendo a mídia, mas não, o cara vai muito mais longe e, assim, começa a te explicar que essa situação tem raízes na formação do Brasil desde a época da colonização pelos portugueses, disserta sobre o momento político em que o Brasil deixou de ser colônia e passou a ser "Império" e por aí vai, até chegar aos tempos atuais.

Calma, existe um mito que talvez seja comprovado um dia: nem todos os formados em História são prolixos ou viciados em contexto.

Quanto a mim, aviso aos navegantes deste blog sobre algumas coisas que sempre encontrarão por aqui, e um pouco dos porquês disso.

E veja, não se trata de justificativas, o objetivo é contextualizar você.

1. Filhos.
Sim, tenho dois, sou ultra-coruja, mas para além das corujices sou educadora e estudiosa da educação e mãe bem-sucedida. Então falarei muito por aqui de nossos filhotes e assuntos afins, como educação, dilemas pais e filhos, a dureza que é educar filhos bem-educados nesse mundo complexo e complicado e tudo o mais.

2. Classe média.
Sim, concordo que não existe apenas uma classe média, que existem infinitas nuances quando pensamos as classes médias e que, nesse e em outros sentidos, o termo burguês é extremamente limitado quando utilizado nos termos que normalmente são usados por pessoas consideradas antiquadas politicamente, mas como uma quadrada que sou, adoro utilizar esse termo, porque acho que ele fala por si, por assim dizer.

3. Questão racial.
Se você gastar seu tempo por aqui, é possível que pense em alguns momentos "por que essa branca se preocupa tanto com isso", mas sim, a questão racial é algo que discuto e reflito e denuncio o tempo inteiro, talvez porque eu não acredite, em certo sentido, que haja realmente brancos no Brasil, talvez porque me incomode a ideia de que alguém acredite (ainda) que há democracia racial no Brasil, talvez porque eu ache que alguém que pense algo similar ao que citei no início do parágrafo realmente precisa ser incomodado com assuntos sobre a questão racial.

4. Gênero.
Sim, para mim a questão de gênero está presente em tudo e acho que é muito importante perceber as sutilezas nas quais, o tempo todo, aparecem questões que mostram como o machismo e a violência estão incrustados nas relações.

5. OutrAs.
Além disso, como já me falaram muitas pessoas queridas, eu sempre tenho algo a pitacar sobre tudo. Então farei isso aqui, palpitarei sobre tudo, inclusive o que nem é de minha alçada, como sobre filmes, montagens, a internet, enfim, tudo o que gosto de ficar analisando, que me chama a atenção e que em minha opinião pode contribuir, de alguma forma, para o tempo de quem, como eu já disse, gastar um pouco de seu tempo por aqui.